Especialista fala sobre pressão alta, angina, infarto e fornece dicas para conservar o coração saudável
A hipertensão arterial é um importante fator de risco para angina, infarto e outras doenças, como derrame cerebral (acidente vascular cerebral – AVC), impotência, insuficiência cardíaca e renal, trombose arterial das pernas e outras partes do organismo, como os olhos. A pressão alta ou hipertensão arterial acontece quando os valores das pressões máxima e mínima são iguais ou ultrapassam os 140/90 mmHg (ou 14 por 9). “Valores entre 12 por 8 e 14 por 9 são considerados limítrofes, ou pré-hipertensão, e podem merecer tratamento em alguns casos, conforme recomendação médica”, esclarece o cardiologista Fernando Oliveira, que atua na Coordenação Ambulatorial da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia. O especialista enfatiza que as pessoas que têm maior risco de se tornarem hipertensas são aquelas que não têm hábitos alimentares saudáveis, ingerem bastante sal, não fazem atividades físicas, exageram no consumo do álcool, são diabéticas ou possuem familiares hipertensos. “Após os 55 anos, mesmo as pessoas com pressão arterial normal, há 50% de chance de se desenvolver a hipertensão”, enfatiza.
O QUE É INFARTO E ANGINA
Infarto do miocárdio é quando parte do coração não recebe oxigênio em quantidade suficiente, causando a morte do músculo cardíaco chamado miocárdio. “A causa é a obstrução de uma ou mais artérias do coração, por placas de gordura e outros elementos do sangue”, detalha o cardiologista.
Segundo Fernando Oliveira, angina do peito significa dor no peito, causada pela pouca irrigação de sangue do músculo do coração. “É nome dado à dor que antecede ao infarto. Nem todas as vezes que surgem dores no peito é um prenúncio de infarto. A dor no peito suspeita é aquela que surge depois de esforços físicos, dura poucos minutos e vai embora”, alerta. Os fatores de riscos, de acordo com o médico, são hipertensão arterial, tabagismo, colesterol e triglicérides altos, diabetes, estresse, peso acima do normal e história familiar de doença cardíaca prematura (parente de 1° grau com menos de 55 anos).
PREVENÇÃO
Quem já é hipertenso (pressão igual ou acima de 14 por 9) ou tem a pressão arterial limítrofe (acima de 12 por 8 e inferior a 14 por 9) deve fazer controle médico periódico e seguir as orientações médicas. Para prevenir e controlar a hipertensão, Fernando Domingos recomenda atividades físicas regulares (de pelo menos 30 minutos ao dia, quatro ou mais vezes por semana), reduzir o consumo de sal da alimentação (não use o saleiro, evite alimentos prontos e industrializados, utilize outros temperos), manter o peso adequado (reduzir o peso se tiver sobrepeso ou obesidade), controlar o estresse (sono adequado, controle da ansiedade e depressão, relaxamento) e, se necessário, utilizar medicamentos prescritos pelo médico de forma constante. “Mesmo com hábitos saudáveis, a maioria dos hipertensos precisa utilizar medicamentos. Na prevenção de angina e infarto, além dessas orientações, deve haver um melhor controle do colesterol, triglicérides, evitar o tabagismo, o consumo excessivo de álcool e, se o paciente for diabético, deve-se controlar com cuidado a doença seguindo sempre as orientações médicas”, completa.
Dicas para um coração saudável
• Meça a pressão, a glicose (açúcar) e as gorduras (colesterol e triglicérides) pelo menos uma vez por ano
• Pratique exercícios físicos pelo menos quatro vezes por semana
• Mantenha o peso ideal, evite a obesidade
• Adote alimentação saudável: pouco sal, poucas frituras e mais frutas, verduras e legumes
• Reduza o consumo de álcool
• Abandone o cigarro
• Use os medicamentos conforme orientação médica
• No caso de angina e infarto há também em alguns pacientes a necessidade de angioplastia das coronárias (artérias do coração), com ou sem stents (molas expansoras) e as cirurgias de ponte safena e artérias mamária e radial
• Nunca pare o tratamento. Ele é para a vida toda
• Siga as orientações do seu médico ou profissional da saúde
• Evite o estresse. Tenha tempo para a família, os amigos e o lazer
• Ame e seja amado.
Revista Cardiologia em Goiás, setembro de 2011
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
Pré Fest Médico
O lançamento do FestMédico 2011 aconteceu na última terça-feira (20), no stand do Vistta Parque Flamboyant. A festa promovida pela Consciente Construtora e pela Bambuí Empreendimentos reuniu vários médicos que já se inscreveram para participar do evento que acontecerá nos dias 6 e 7 de outubro.
A pré festa foi marcada pela alegria dos convidados que foram recebidos com uma deliciosa pizzada. Os médicos também aproveitaram para ensaiar as apresentações que farão no dia do FestMédico, cantando, dançando e recitando poemas.
Outra atividade que chamou a atenção dos participantes foi a visita no apartamento decorado do empreendimento. Para a hematologista, Ana Lúcia Osório o evento teve um sabor especial. Ela foi a ganhadora da promoção chave premiada. Ana Lúcia escolheu a chave que abriu a suíte do decorado, ganhando na hora, uma TV de 42”.
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Pré Fest Médico - Vídeo da TaNaWeb.tv
A TaNaWeb Tv - http://www.tanaweb.tv/ - também esteve ontem (20) no Pré Fest Médico:
Pré Fest Médico
Veja algumas fotos do Pré Fest Médico, que aconteceu ontem, 20 de Setembro, no decorado Vistta, da Consciente Construtora.
Lembrando que as insrições para o festival ainda estão abertas www.contatocomunicacao.com.br/festmedico
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Como a alimentação contribui para um coração saudável
Ingredientes clássicos, como dieta adequada e exercícios físicos, são fundamentais para a conquista de uma vida saudável
Quer ter um coração saudável? Seja generoso no consumo de frutas, vegetais, peixes, alimentos integrais, oleaginosas e azeite. Quem aponta o caminho é a especialista em Nutrição Esportiva e Estética Paula Nonato Maia. “As frutas, vegetais e os alimentos integrais são ricos em fibras, que ajudam a reduzir o tempo de trânsito gastrointestinal e a absorção enteral do colesterol, portanto, podem diminuir moderadamente o colesterol sanguíneo. As oleaginosas são ricas em gordura poli-insaturada, podendo minimizar ainda o nível de colesterol (LDL)”, esclarece. A especialista recomenda ainda o consumo de azeite, que contém alta quantidade de gordura monoinsaturada e é capaz de reduzir a quantidade de “mau colesterol” e aumentar o “bom colesterol”.
EQUILÍBRIO
Segundo Paula, não existe uma dieta ideal para pessoas propensas às doenças cardiovasculares, mas é fundamental um equilíbrio na alimentação entre o consumo de proteínas magras, carboidratos integrais (pão, arroz e massa integrais, granola, farelo de linhaça, de trigo, aveia) e gorduras boas
Ingredientes clássicos, como dieta adequada e exercícios físicos, são fundamentais para a conquista de uma vida saudável (azeite, abacate, oleaginosas). “Não é preciso abolir os carboidratos refinados vindos de biscoitos, bolos, pães, pizza, arroz branco, cereais matinais, açúcares e doces em geral, mas eles devem vir principalmente das frutas e verduras. O restante deve ser complementado com cereais integrais”, adverte.
Mas a trilha para uma vida saudável não é construída só com uma boa alimentação. “Faça um acompanhamento com seu médico e nutricionista, implemente pequenas mudanças diariamente, pratique exercícios físicos regularmente, tenha uma mente tranquila e força de vontade para vencer a batalha em prol da saúde”, conclui.
Revista Cardiologia em Goiás, setembro de 2011.
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Angiotomografia de coronárias pode evitar a realização do cateterismo
Até pouco tempo atrás, a única forma do cardiologista visualizar diretamente se as coronárias estavam ou não obstruídas era por meio do cateterismo cardíaco, diz o cardiologista Leonardo Sara, especialista em Tomografia e Ressonância Cardiovascular. Ele explica como a tomografia computadorizada das artérias está mudando isso.
Como funciona a tomografia computadorizada das artérias coronárias?
A tomografia computadorizada (TC) é um método de imagem que utiliza uma fonte de raios-x que gira em grande velocidade ao redor do paciente, produzindo várias radiografias que posteriormente são processadas por um computador. Este computador reconstrói as partes estudadas do corpo tanto em imagens em duas dimensões quanto em imagens 3D. Apenas os aparelhos de tomografia de última geração são capazes de realizar este exame de maneira satisfatória. Na TC de coronárias, é possível visualizar as artérias do coração de maneira bastante semelhante ao cateterismo cardíaco, com grande detalhamento, porém de forma não-invasiva, simples e rápida.
Como a doença coronária pode ser detectada nesse exame?
Existem duas modalidades de TC de coronárias. São elas o escore de cálcio e a angiotomografia de coronárias. Ambas podem ser feitas no mesmo procedimento. No escore de cálcio, o objetivo é a detecção de placas calcificadas nas artérias coronárias e, para isso, não é preciso administrar nenhum medicamento ou contraste. Já a angiotomografia de coronárias permite a visualização da luz das artérias, sendo capaz de evidenciar ou descartar a presença de alguma obstrução nas artérias do coração de forma bastante semelhante ao cateterismo, além de conseguir visualizar tanto as placas calcificadas (placas duras) quanto não calcificadas (placas moles). Para isso, é necessária a utilização do contraste iodado endovenoso (o mesmo utilizado no cateterismo, porém infundido por alguma veia periférica no braço, as mesmas utilizadas para tirar sangue, por exemplo).
Qual a importância dessa tecnologia?
A doença coronária tem evolução lenta e insidiosa e em mais da metade dos casos o primeiro sintoma já é o infarto. Até pouco tempo atrás, a única forma de o cardiologista ver diretamente a presença ou não de obstrução das coronárias era por meio do cateterismo cardíaco. Hoje, com a angiotomografia das coronárias, conseguimos essas mesmas informações de maneira confiável, porém de forma não invasiva, ou seja, sem a introdução de cateteres ou pequenos tubos diretamente no coração. O cateterismo continua sendo de extrema importância e tendo suas indicações precisas, mas a angiotomografia de coronárias pode evitar um grande número de cateterismos desnecessários e, por outro lado, pode auxiliar na correta indicação do cateterismo em pacientes que não teriam a doença detectada de outra maneira. Já o escore de cálcio é um método simples e prático para o diagnóstico precoce de aterosclerose no coração, podendo ajudar o cardiologista a definir melhor o risco de infarto ou angina no futuro e, ermitindo a realização de medidas preventivas. Ter um escore de cálcio positivo não significa ter obstrução das coronárias, mas sim uma chance maior de infarto no futuro, funcionando como se fosse o “colesterol da imagem”.
Em quais situações o exame é indicado? E contraindicado?
Não se deve incentivar o uso indiscriminado e abusivo de métodos de diagnósticos, devendo-se obedecer as suas indicações e contraindicações. A angiotomografia de coronárias é fundamentalmente indicada para pacientes sintomáticos, ou seja, com dor no peito ou suspeita de angina, e que tenham outros testes de isquemia (teste de esteira, cintilografia ou ecocardiograma de estresse) duvidosos, inconclusivos ou conflitantes entre si ou com a história clínica. Porém outras indicações mais específicas estão comprovadas como nos casos de insuficiência cardíaca ainda sem causa definida, dor torácica aguda de baixo risco, suspeita de anomalia de coronárias, avaliação de enxertos (pontes de safena) e etc. Seu uso rotineiro em assintomáticos ainda não está comprovado, mas alguns artigos mostram que pode haver benefício em pacientes de alto risco, mesmo sem sintomas. A angiotomografia de coronárias não está indicada para pacientes com dor no peito de alto risco (sendo recomendado o cateterismo direto) ou nos pacientes sem sintomas e de baixo risco. Também está contraindicada em pacientes com história de alergia ao contraste iodado. Já o escore de cálcio é indicado para pacientes assintomáticos, como uma forma de detecção precoce de aterosclerose.
Revista Cardiologia em Goiás, setembro de 2011.
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Capacidade visual afeta desenvolvimento da criança
Até dois anos a visão da criança se desenvolve 90% e necessita de acompanhamento de uma especialista
Existem diversos testes de visão que podem ser aplicados tanto em bebês quanto em crianças. É o que explica o oftalmologista pediátrico Arthur Limongi, acrescentando que a visão se desenvolve 90% durante os dois primeiros anos de vida e que é durante esta fase que a criança aprende a fi xar, a movimentar os olhos de maneira conjunta e a perceber profundidade. “Toda e qualquer alteração durante esta fase que não tenha sido corrigida pode acarretar prejuízos na visão para o resto da vida”, afi rma. “A visão é o mais importante sentido do ser humano, por meio dela recebemos mais de 80% das informações do meio ambiente a integridade visual é importante para que o desenvolvimento
da criança aconteça de maneira adequada”, completa.
da criança aconteça de maneira adequada”, completa.
Além disso, continua ele, o desenvolvimento motor da criança durante o primeiro ano de vida é diretamente relacionado à sua capacidade visual. “O que muitas vezes parece ser um atraso de desenvolvimento pode, na verdade, ser deficiência visual, facilmente diagnosticada e, na maioria
das vezes, tratada. Os outros 10% do desenvolvimento visual ocorrem até 7-9 anos de idade”, completa. Segundo Limongi, na maioria dos serviços de neonatologia do país, os olhos dos recém-nascidos ainda não são adequadamente examinados. “Como resultado, mais de 50% dos recém-nascidos só tem a alteração descoberta quando estão cegos ou quase cegos”, declara, esclarecendo que o retinoblastoma, tumor maligno que tem o pico de incidência em torno de 18 meses de idade, no Brasil é diagnosticado tardiamente em 60% dos casos, quando já não é possível salvar o olho e algumas vezes até a vida da criança.
ERROS DE REFRAÇÃO
É chamado de olho preguiçoso quando um dos olhos tem algum problema que difi culte a
visão – como um grau elevado para óculos em um dos olhos com o outro quase normal. “O
nome correto para este problema é ambliopia. É necessário tratamento com óculos e estimulação
para que o olho com o problema se desenvolva. Muitas vezes é necessário usar um curativo oclusivo
no ‘olho bom’ algumas horas por dia, para que a criança aprenda a usar o ‘olho mais fraco’. Quanto
mais precoce o tratamento melhor o resultado”, informa Arthur Limongi.
A hipermetropia é um erro de refração bastante comum, que faz com que as imagens entrem em foco atrás da retina – que é a parte do olho que capta a visão. Nesse caso, de acordo com Limongi, o
olho precisa ‘trabalhar’ para colocar os objetos em foco, mudando o formato do cristalino, que é uma lente presente no interior do olho. “Toda criança é um pouquinho hipermétrope, pois o olho
ainda não acabou de crescer. Portanto, a hipermetropia tende a diminuir. Quando a hipermetropia é maior do que a esperada para a faixa etária, surgem os sintomas: difi culdade na visão de perto, dor de cabeça, cansaço, desinteresse e falta de concentração nas atividades de perto”, enumera o oftalmologista. “Às vezes é até confundida com défi cit de atenção”, alerta.
No caso de miopia, as imagens entram em foco antes da retina. “O olho não consegue colocar as imagens em foco, pois teria que relaxar a acomodação, e o cristalino já está totalmente
‘relaxado’. Por isso o míope é mais dependente dos óculos, porque tem difi culdade para ver de longe, pode apresentar difi culdades na escola e ter necessidade de ver TV de perto”, esclarece Limongi, dizendo ainda que a miopia tende a aumentar com o crescimento dos globos oculares e costuma estabilizar somente em torno de 19-21 anos de idade. Já o astigmatismo, um erro de refração causado por alteração na curvatura da córnea, ocasiona falta de nitidez dos contrastes entre as linhas
horizontais, verticais e oblíquas. “O astigmatismo tende a não se alterar muito com o crescimento dos globos oculares, mas causa dificuldade para longe e perto, dor de cabeça, cansaço, falta de concentração, troca de letras, dificuldade em seguir uma linha de um texto e a necessidade de ver TV de perto”, frisa o médico.
Exames desde o nascimento
PREMATURO
O prematuro que nasce com menos de 1500 e/ ou 32 semanas e os que nascem entre 1500 e 2000 g
se permaneceram no oxigênio por mais de 30 dias e/ ou tiveram septicemia ou convulsão, apresentam risco maior de desenvolver retinopatia da prematuridade que é uma importante causa de cegueira infantil. O primeiro exame de mapeamento da retina deve ser feito entre a 4ª e 6ª semana de vida e deve ser repetido até a completa vascularização da retina, por volta de 42 semanas.
A periodicidade do exame, assim como o tratamento, dependerá do estágio da doença.
PREMATURO
O prematuro que nasce com menos de 1500 e/ ou 32 semanas e os que nascem entre 1500 e 2000 g
se permaneceram no oxigênio por mais de 30 dias e/ ou tiveram septicemia ou convulsão, apresentam risco maior de desenvolver retinopatia da prematuridade que é uma importante causa de cegueira infantil. O primeiro exame de mapeamento da retina deve ser feito entre a 4ª e 6ª semana de vida e deve ser repetido até a completa vascularização da retina, por volta de 42 semanas.
A periodicidade do exame, assim como o tratamento, dependerá do estágio da doença.
TESTE DO OLHINHO
Todo bebê antes da alta da maternidade deve ser submetido ao Teste do Olhinho. Por meio dele é possível detectar precocemente várias doenças oculares, principalmente as que precisam de tratamento urgente como a catarata congênita (segunda causa de cegueira infantil) e o retinoblastoma (tumor mais frequente da infância), que, quando diagnosticado precocemente, salva uma vida.
O exame deve ser feito pelo oftalmologista ou pediatra nos primeiros 30 dias de vida e deverá ser repetido, durante toda a infância, em toda consulta oftalmológica. É realizado com oftalmoscópio direto. O teste é simples, rápido e indolor. Qualquer suspeita de anormalidade; refl exo alterado ou ausente, a criança deve ser submetida a um exame com oftalmologista especializado, que inclui o mapeamento da retina.
IDADE PRÉ-ESCOLAR
Na idade pré-escolar é importante o exame anual para medida da acuidade visual que é realizada com tabelas especiais de acordo com cada faixa etária para diagnóstico precoce da ambliopia, importante causa de deficiência visual de um ou ambos os olhos. Tem como principais fatores: erro de refração não corrigido (miopia, astigmatismo ou hipermetropia), estrabismo (olho torto) e a menos frequente, porém mais grave, a ambliopia de privação, a causada por catarata congênita e ptose (pálpebra caída).
Na idade pré-escolar é importante o exame anual para medida da acuidade visual que é realizada com tabelas especiais de acordo com cada faixa etária para diagnóstico precoce da ambliopia, importante causa de deficiência visual de um ou ambos os olhos. Tem como principais fatores: erro de refração não corrigido (miopia, astigmatismo ou hipermetropia), estrabismo (olho torto) e a menos frequente, porém mais grave, a ambliopia de privação, a causada por catarata congênita e ptose (pálpebra caída).
IDADE ESCOLAR
O exame em crianças sem anormalidades deve ser anual para acompanhar a acuidade visual e diagnóstico precoce de outras doenças oculares. Em crianças com problemas oculares a conduta será avaliada para caso.
Revista Oftalmologia em Goiás, agosto de 2011.
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
Tabagismo é a principal causa do câncer de laringe
Fumantes têm 10 vezes mais chance de desenvolver câncer de laringe e, quando associado ao álcool, essa chance aumenta para mais de 40 vezes
Por PEDRO HENRIQUE MARÇAL PEREIRA | Otorrinolaringologista
Câncer é a proliferação descontrolada de células anormais no organismo determinada por uma alteração em nosso DNA. Normalmente nossas células vivem por tempo determinado e possuem um padrão de crescimento e multiplicação. As células cancerígenas não possuem esses padrões, multiplicam-se de forma desordenada e não morrem como as células normais.
A proliferação dessas células formam tumores, exceto em alguns casos, como leucemias, em que as células cancerígenas encontram-se no sangue. Nem todos os tumores são cancerígenos, podendo ser malignos ou benignos (o que não diminui a importância de avaliação). Diferentes tipos de câncer têm comportamentos diversos, exigem tratamentos desiguais, até mesmo quando se trata de câncer do mesmo órgão.
O câncer de laringe é um dos mais comuns na região da cabeça e do pescoço (cerca de 25% dos casos), acomete principalmente homens e representa 2% dos cânceres malignos. A laringe se divide em três partes: supra-glote (região acima das pregas vocais ou glote), glote (que são as próprias pregas vocais responsáveis por nossa voz) e sub-glote (região abaixo das pregas vocais). Desta forma, o câncer de laringe é dividido da mesma forma: supra-glótico, glótico e sub-glótico. Estatística de 2009 estima que ocorra, por ano, cerca de 9.320 casos novos de câncer de laringe e em 2008 cerca de 3.594 pessoas faleceram desta doença.
RISCOS
Os principais fatores de risco para o câncer de laringe são o consumo de bebida alcoólica e tabaco (seja em forma de cigarro, charuto, cachimbo, etc.). Fumantes têm 10 vezes mais chance de desenvolver câncer de laringe e, quando associado ao álcool, essa chance aumenta para mais de 40 vezes. A má alimentação, o baixo consumo de carnes brancas, legumes, vegetais e frutas ainda estão associados com a formação do câncer.
SINTOMAS
Os sinais estão relacionados ao local de início da doença e em que grau ela se encontra. Tumores supra-glóticos se apresentam principalmente com dor e desconforto para engolir. Na região glótica (pregas vocais) o principal sintoma é a rouquidão e na região sub-glótica a dificuldade para respirar predomina. Entretanto, esses sintomas podem ocorrer em todos os locais da laringe. A perda de peso, febre baixa, tosse crônica e fraqueza podem acompanhar todos os casos. O aparecimento de nódulos ou caroços no pescoço deve chamar a atenção para metástase (envio de células de câncer para outras regiões do corpo).
O diagnóstico é feito por meio da análise em microscópio de um pedaço da lesão suspeita (estudo histopatológico). A lesão pode ser vista por meio de um exame realizado no próprio consultório médico, de fácil realização, rápido e indolor, chamado laringoscopia indireta. O pedaço da lesão pode ser adquirido pelo próprio exame ou, mais frequentemente, é realizado uma pequena cirurgia para retirar uma amostra do local (biópsia da lesão).
TRATAMENTO
O tratamento do câncer de laringe depende do local de acometimento, da extensão que a lesão está em relação à laringe e se existe ou não metástase. Existe hoje tratamento cirúrgico e /ou radioterapia e quimioterapia associada à radioterapia. A proposta de tratamentos alternativos como administração de complexos alimentares, vitaminas, ervas e massagens com objetivos curativos não fazem parte do tratamento-padrão de câncer de laringe e não têm eficácia comprovada. A cura do câncer com a preservação da função da laringe (proteger a via aérea, respiração e fala) é o desafio dos médicos que tratam dos pacientes com esta doença.
Atualmente o estudo do câncer está voltado principalmente para análise molecular e genética com pesquisas de DNA. Já existem várias associações entre alguns tipos de câncer e alterações específicas em partes do DNA. Para o câncer de laringe ainda não houve uma associação específica bem definida.
Pacientes que foram submetidos à laringectomia total (retirada de toda a laringe, inclusive da prega vocal) podem fazer reabilitação da voz por meio de próteses fonatórias traqueo-esofageanas. Contudo, o maior avanço na área encontra-se na difusão entre médicos e não médicos dos fatores de risco para geração do câncer. A mídia divulga diariamente os riscos do tabagismo, do excesso de consumo de bebidas alcoólicas e das consequências de uma má alimentação.
ALERTA
A classe médica está bem orientada quanto ao câncer de laringe e o diagnóstico precoce está acontecendo mais frequentemente. Atualmente, a proibição de fumar em ambientes públicos faz diminuir o número de fumantes passivos (pessoas que, sem nenhuma intenção, inalam fumaça de tabaco utilizado por tabagistas) e a mudança da lei acompanha uma tendência natural da sociedade em se tornar mais saudável e esclarecida.
Revista Vida Nova, agosto de 2011.
terça-feira, 6 de setembro de 2011
Um pouco do Fest Médico 2010
Veja uma das apresentações de Marcelo Nassar no Fest Médico do ano passado.
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
Quem pode participar do Fest Médico?
Podem participar do Festival: Médicos, membros da Sobrames, acadêmicos de medicina, e parentes de médicos (primeiro grau - pais, filhos e cônjuge).
Parentes de médicos não recebem premiação, mas todos recebem diploma de participação.
O Fest Médico acontece nos dias 6 e 7 de Outubro, no Clube Jaó (Goiânia - Goiás)
Para se inscrever acesse: www.contatocomunicacao.com.br/festmedico
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